quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Muito mais que amigo


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Muito mais que amigo



Quanta distância nos separa a geografia,
E quanta saudade nos aproxima dia a dia...
Passam-se horas, os meses, até quase o ano,
Mas aumenta sempre este sentir, não me engano.

Não imagino trilhar o caminho, sem ter-te ao lado,
Sem saber o teu cheiro e o sabor de teus beijos.
Busco então, todo este sentimento que me é dado,
Aos poucos e cuidadosamente revelado. Esconderijos

desnudos, no prazer e desejo confessos, articulados
segredos se anuciam no cotodiano de nossos riscados,
onde sedentos de tanto futuro, regamos o passado,
com o presente que nos é, agora ofertado...

Estas assim, tão presente em mim, que não consigo,
Viver, indo e vindo, por ai, sem contigo,
Pensar e ter, no peito, o calor e o abrigo,
O amor mais sincero, muito mais que amigo.


Nice Aranha
Sereia Noturna


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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Luz na Escuridão


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Luz na Escuridão


Entreaberta a janela vejo,
Distantes sonhos na escuridão da noite.
Vem a saudade me matar primeiro,
De tua lembrança me faz prisioneiro.

É tão cruel a falta de teu beijo,
Quanto o desejo a reclamar deleite.
Ser teu escravo, amor derradeiro,
Entre as verdades ser teu paradeiro.

Sim, esta emoção é quase uma canção,
Onde lua e estrela, enfeitam o céu lá fora,
Enquanto o peito, chora esta vontade,
Que de tão tua, não mais, cabe em mim.

Vivendo em prosa e verso, doce ilusão,
Deste sentir que não quer ir embora,
Ao céu se une e rende, a realidade,
Eternamente nos termos, e entregar enfim!


Nice Aranha
Sereia Noturna


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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Como se precisa...



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Como se precisa...


Marcam os minutos meu despertar,
E eu corro para te encontrar...
O tempo atravessa este mar,
Só para contigo eu poder ficar...

Ansiedade que implora estar,
Ao teu lado quer tanto se dar...
Corpo e alma, inteira te amar,
Somente a tu, eternamente encantar.

Oh, distância que vive a matar,
As dúvidas que teimam evidenciar,
Os medos que se querem afogar,
No desejo que se vai realizar...

Forte dor de tanto esperar,
Pelo momento de nos beijar,
Nossos corpos então se tocar,
E as almas irão se entregar,

A realização deste sonhar,
Que marco agora neste cantar,
Enquanto estão há esperar,
Viver este sentir, como se precisa do ar!


Nice Aranha
Sereia Noturna


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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ventania


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Ventania


No espaço, venta a idéia,
Que num instante refaço...
Se vêem como ventania,
Passam logo por este espaço...

Mas, se de amor, a prosopopéia,
Veste-se de encanto e laço.
Versos faço, minha mania,
Na ventania que entrelaço.

E ao ver aplausos, na platéia,
Entendo a arte, que repasso.
Estando eu, em tua companhia,
É neste espaço que eu me faço!


Nice Aranha
Sereia Noturna


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Quero a ti não há como negar



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Quero a ti não há como negar


Tocar tua pele e sentir-me inteira,
Só em teus braços, posso assim viver.
Num mesmo ritmo nossa respiração,
Conjugando juntos... O verbo amar!

Perdida, entre teus braços prisioneira,
Só assim a vida, posso eu querer,
No infinito expresso desta emoção,
Regados de desejos tantos, a nos fartar.

Em tua vida sou a real e a pioneira,
Da mais pura verdade que se há de ter,
Sendo tão intensa esta paixão,
Irá por certo, nos embalar...

Serei então a mulher primeira,
A dar-te o amor, como queres ser,
Uma só carne, uma só canção,
Na ROMA inverso, nos explorar! ... (AMOR)


Nice Aranha
Sereia Noturna


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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Onde Existe...



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Onde Existe...


Onde existe a dor e o amor...Existe o amor e a dor,
Sem um, como saber do outro, te pergunto?
Ainda que pareça ser absurdo, são adjunto!
E de tão junto, medo causam, vivem fervor!

Da paixão em aflição, a superar-se tal amor,
Corre no tempo em ebulição constante,
Deixa-nos assim... Saltitante, exuberante!
Eu e tu, apenas nós, um só toque de esplendor!

Onde existe a dor e o amor, existe a flor maior,
Vencendo as armadilhas, a vitória alcança,
Brota fé, a crença, insurge bela esperança!

Onde existe o amor e a dor, existe o melhor,
Corpo e alma, espírito e consciência, versam,
O mesmo ritmo de risos e choros, dançam!


Nice Aranha
Sereia Noturna


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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Obrigada por me amar


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Obrigada por me amar


O que fiz, ainda não sei,
Prá te ganhar assim...
Ainda não decifrei,
Porque queres, a mim.

Teu carinho é encanto,
Faz-me bem, não vou negar.
Só tenho medo que meu canto,
Te faça sofrer e magoar.

O que disse, ainda não sei,
Prá te deixar assim...
Ainda não articulei,
Porque desejas, a mim.

Teu amor seca meu pranto,
Faz-me feliz, não vou negar.
Só tenho receio que meu canto,
Te faça triste a chorar.

O que fiz, ah, eu não sei,
Prá tu me amar assim...
Ainda não atinei,
Porque amas, a mim.

Ao teu sentir me levanto,
Faz-me tão bem, não vou negar.
Só lamento que o meu canto,
Te faça tão apenas sonhar!


Nice Aranha
Sereia Noturna


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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ao me ver descobri...



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Ao me ver descobri...


Quando em teus olhos me vi,
Sorri, chorei, quase não acreditei...
Foi neste instante mágico que senti,
Flutuar-me pelo universo.

Não, não estava mais só pela Terra,
Andando a esmo,
Sem eira nem beira...

Quando em teus olhos me vi,
Foi neste momento que me toquei,
Que a vida inteira te procurei.

Não, agora não era apenas pedaço,
A procura de cura e ajuda,
Emendando e colando os cacos.

Quando em teus olhos me vi,
Percebi que não, não apenas sonhei,
Pois no instante em que te senti,
Foi ai, que escrevi o meu verso.


Nice Aranha
Sereia Noturna


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Sereia-Mulher


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Sereia-Mulher


Nadando entre as marés,
Sigo as ondas da vida.
Entre tempestades e calmarias,
Aprendo a tristeza e alegria.

Descendo às profundezas,
Busco o íntimo que guardas,
O espírito que não revelas,
A alma que tanto ocultas.

Subindo à tona percebo,
As atitudes e os gestos,
A beleza e vibrar dos corpos,
A energia e o prazer dispostos,

A entrega deste ato fatal,
Quando o encanto do canto,
Se revela e torna excepcional,
Dois num só, o amor infante.


Nice Aranha
Sereia Noturna


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Dor imensurável



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Dor imensurável


Sutil miséria que nos consome,
Egoísmo eivado que nos apodera,
Vácuos de essência, espinho de rosa,
Solidão que amordaça!

Silêncio que não se rompe,
Necessidade que não se explica.
Oh dor imensurável que toca,
O meu, o teu, o nosso ser envolve.

Cruel, majestosa e imponente,
Sofrer que dentro de nós se fecha
E o nosso brilho escassa.

Certeira flecha que queima,
Arranha, arrasa, nosso espírito fere,
É a dor do amor que não se vive.


Nice Aranha
Sereia Noturna


ﺋﷲﻼ'ﻼﷲﺅ             ﺊﺋﷲﻼ'ﻼﷲﺅ
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