quinta-feira, 30 de abril de 2009

Memória


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Memória
Dueto


De outrora a memória apenas,
Perpassa e transpassa em poemas
Lembrança de um tempo vivido.
De amores, de dores, sentidas.

Foram bons, mas como Atenas,
Também teve mazelas e cantilenas
Faz parte da história antiga,
Que aqui rascunho na barriga.

Se recordo aventuras-meninas,
Porque estiveram nas esquinas
É que foram mágicas e reais,
Deram a pedra de toque dos ais.

As sinfonias tocadas, sentidas,
Melodias ouvidas e bem descritas
Onde humanos fomos ainda mais,
De mãos e corações dados no cais.

Amantes, abençoados em festa,
De um amor puro que se manifesta
Premiados de encantos, quimeras!
Viveremos para sempre as esperas...

E no avançar das eras,
Tudo o mais eu quisera...
São sonhos, ilusões...
Dedilhando o violão.

E entaõ, só o quê me resta!?
Deixar entrar pela fresta,
Pelas portas... Pelas janelas,
A poesia tão bela!...


Nice Aranha & Hildebrando Menezes


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