segunda-feira, 20 de março de 2017

Teu silêncio, meu brado!





TEU SILÊNCIO, MEU BRADO!


Não importa as aparências
vivo, dentro de tua mudez,
remanso de tuas palavras,
serenidade da tua alma,
sigilo do teu medo,
moderação de tua farsa.

Pois, sei que vivo,
na quietude de teu sentir,
no mistério de teu olhar,
na calada da tua verdade.

Vivo, na discrição dos termos,
no clamor das tuas ações,
e em teu amor acredito,
por tê-lo tão presente.

Mas, não consigo sufocar,
sou assim, um grito sentido,
berro e reivindico,
porque entre minhas ações,
uma delas são as palavras
ditas ou escritas, bradar!


Nice Aranha
Sereia Noturna


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