sexta-feira, 11 de maio de 2018

Na Lida



NA LIDA


Meus pés descalços
marcam o chão,
levantam a poeira,
registram o sonho.

Minhas mãos,
surradas do tempo,
cansadas da lida,
notam a vida.

Meu corpo
envelhecido,
de saúde carente,
faz em mim estação.

E a mente,
ainda sedente,
cheia de chama
acende a esperança.

Pois, o tempo,
não acabou,
e a vontade
não aquietou.


Nice Aranha
Sereia Noturna



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