quarta-feira, 16 de julho de 2014
Despertar tardio
DESPERTAR TARDIO
Atroz peça que da vida sangra
aplaca de nós, a parca lembrança,
retira-nos um marco, o sentir,
que se esvai no longo tempo,
perdido entre a razão e o coração,
daquilo que foi um dia, e jamais o será,
abortado do peito, tal qual defeito.
Falso e ledo engano,
acreditar que será desvanecido,
no negro manto do esquecimento,
este pássaro estranho, que evoca,
grita, clama e se recorda,
liberta-se, e no futuro aflora,
iluminando o entender tardio.
Gerações, vidas, manobras,
desilusões de um amor que subsiste,
perpetuado no eterno, existe,
genuíno e autêntico,
recordado, revivido, buscado,
até o momento de novamente romper,
na rapsódia melódica da ópera de agora.
Nice Aranha
Sereia Noturna
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