sábado, 15 de setembro de 2007

Peça Inacabada


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Peça Inacabada

A vida sempre aplaude,
As cenas que representamos...
Os atos que recriamos,
Sem nenhuma fraude...

O fundo musical é arte,
Que dos sentimentos faz parte,
Nos atinge profundamente,
E não se retira da mente...

O coração se tortura,
Com a cruel amargura...
Do vazio implantado,
Depois, do adeus recitado...

Peito em chamas, queimado,
Só de cinzas, crucificado...
Padeceu ainda jovem,
De amor não mais se movem.

A cada passo nova história,
Um marco nesta trajetória.
A esperança que cresce,
A cada dia rejuvenesce...

Não se deixa um amor,
Não se esquece e pronto.
Onde houve muito calor,
Só o tempo acerta o ponto...

Ele se transforma,
Novo ato apresenta.
Sua eternidade é norma,
Quando no peito se assenta!

Entranhado no infinito,
Trazendo dores e alegrias,
Faz o mundo mais bonito,
Realizando fantasias!

Mas enquanto o teatro não termina
E os atores não se reapresentam...
O palco fica vazio, sem som, sem rima,
Enquanto os amores não se confessam!

Nice Aranha

Sereia Noturna


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