quinta-feira, 31 de maio de 2012

Teatro não, nosso amor.




TEATRO NÃO, NOSSO AMOR.


Depois de viver as ilusões e esperas distantes... Sentimentos que não se encontravam, mas era um só... Partimos um de cada lado, a percorrer caminhos diversos, encontrando barreiras, mentiras e verdades...

Fomos analisados, subestimados e glorificados...

Somos o nada e o tudo imaginado...

Entre versos e ilusões criamos histórias, sensações e emoções que aos poucos iam saltando das letras tingidas no papel e digitadas na tela do computador...O sentimento devastador, que aos poucos nos tirava o sossego, a calma, a razão... Fazia com que nossas reações fossem intensas, sofridas, assustadas...

Parecia loucura, o sentimento vivido e retratado. Ficamos atordoados e fugimos... Fugimos com medo e receio, desconfiados, assustados... Paixão avassaladora, por nós, tão temida. Sabor de outrora, doído...

Mas com o passar do tempo, acalmado sentir, jamais te esqueci, meu amado... E continuei todo dia há esperar pelos bilhetes, recados e poemas trocados... Onde segredos e juras se apresentavam e desfilavam entre imaginação e realidade... Ansiando de volta a emoção vivida, sem culpas, sem medos, sem luta...

Por que? Não sei... Foi só quando partistes, que percebi na paz que me assolou; a saudade deixada, relembrando os momentos, as aventuras e os devaneios passados...

Estou tranqüila, mas sinto cada vez mais acessa a chama dentro do peito...

Sonho contigo, uma mistura serena de carinhos e torpor de secretos desejos... Teus lábios parecem chamar e convidar há um beijo eterno, registrado em instantes e momentos diversos, amenos e intensos, de dois corpos ávidos pelo ensejo do amar...

Se, são conjecturas, quimeras, não sei... Mas bate incessante na memória, a lembrança e a vontade deste amor que transcende... E hoje, eu prossigo a história, que ainda não encontrou seu fim...


Nice Aranha
Sereia Noturna