TEATRO NÃO, NOSSO AMOR.
Depois de viver as ilusões e
esperas distantes... Sentimentos que não se encontravam, mas era um só... Partimos
um de cada lado, a percorrer caminhos diversos, encontrando barreiras, mentiras
e verdades...
Fomos analisados, subestimados e
glorificados...
Somos o nada e o tudo
imaginado...
Entre versos e ilusões criamos
histórias, sensações e emoções que aos poucos iam saltando das letras tingidas
no papel e digitadas na tela do computador...O sentimento devastador, que aos
poucos nos tirava o sossego, a calma, a razão... Fazia com que nossas reações
fossem intensas, sofridas, assustadas...
Parecia loucura, o sentimento
vivido e retratado. Ficamos atordoados e fugimos... Fugimos com medo e receio,
desconfiados, assustados... Paixão avassaladora, por nós, tão temida. Sabor de
outrora, doído...
Mas com o passar do tempo,
acalmado sentir, jamais te esqueci, meu amado... E continuei todo dia há
esperar pelos bilhetes, recados e poemas trocados... Onde segredos e juras se
apresentavam e desfilavam entre imaginação e realidade... Ansiando de volta a
emoção vivida, sem culpas, sem medos, sem luta...
Por que? Não sei... Foi só quando
partistes, que percebi na paz que me assolou; a saudade deixada, relembrando os
momentos, as aventuras e os devaneios passados...
Estou tranqüila, mas sinto cada vez mais acessa a chama
dentro do peito...
Sonho contigo, uma mistura serena
de carinhos e torpor de secretos desejos... Teus lábios parecem chamar e
convidar há um beijo eterno, registrado em instantes e momentos diversos,
amenos e intensos, de dois corpos ávidos pelo ensejo do amar...
Se, são conjecturas, quimeras,
não sei... Mas bate incessante na memória, a lembrança e a vontade deste amor
que transcende... E hoje, eu prossigo a história, que ainda não encontrou seu
fim...
Nice Aranha
Sereia Noturna